Mentir de forma compulsiva e sem culpa caracteriza uma doença que traz sofrimento aos envolvidos
Quando pequenos, somos ensinados a sempre dizer a verdade. Conforme crescemos, contar uma ou outra mentira torna-se uma estratégia essencial para viver em sociedade. Mas, e quando esse hábito ocasional vira um vício? Nesse caso, estaremos diante de uma patologia chamada mitomania.
Mentir compulsivamente e sem pensar nas consequências é uma doença que causa sofrimento ao paciente e àqueles que estão à sua volta, dificultando a convivência e, em casos extremos, levando a situações perigosas.
É preciso entender os limites da mentira e as manifestações dessa condição, evitando, assim, julgamentos equivocados e demonstrando apoio aos pacientes.
O que é mitomania?
A mitomania também é conhecida como mentira obsessivo-compulsiva. Trata-se de um transtorno mental que torna o ato de mentir rotineiro e difícil de controlar.
As causas do transtorno ainda não são claras, mas sabemos que há fatores psicológicos, como bipolaridade, sociopatia e depressão. Causas ambientais, como relacionamentos familiares complicados e traumas, também podem contribuir para a doença.
A patologia tem cura, mas depende de um longo processo de tratamento psicológico e psiquiátrico. Isso ajuda o paciente a reconhecer os motivos que levam às mentiras para então iniciar uma mudança de hábitos.
Quando a mentira se torna uma doença?
O mitômano – aquele diagnosticado com mitomania – mente com um único objetivo: aliviar uma dor psicológica.
Ao mentir, a pessoa consegue se sentir mais satisfeita com a própria vida e parecer mais importante do que é. Ela age desta forma para ter mais assuntos, gerar interesse dos outros e, de uma forma geral, ser aceito em um grupo social.
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Para sustentar as histórias, uma mentira acaba levando a outra e o paciente vira um refém de suas invenções.
É mais ou menos como no filme brasileiro VIPs, de 2011, no qual o personagem de Wagner Moura interpreta um golpista que inventou dezenas de mentiras. Uma curiosidade é que a história é baseada em fatos reais.
Como lidar com uma pessoa que tem mitomania?
Quem acaba percebendo que algo não vai bem são aqueles que convivem com o mentiroso compulsivo e começam a desconfiar de suas histórias. Lidar com essa doença não é nada fácil, já que o mitômano usa meios psicológico, emocional ou sexual para enganar o outro.
Primeiramente, é preciso lembrar que, como qualquer doença, o portador não escolhe ser acometido pela mitomania. Ele precisa de ajuda.
Incentivar o seu familiar ou amigo que mente demais a buscar tratamento especializado é muito mais eficiente do que confrontá-lo. Afinal, na maior parte dos casos, a pessoa tem baixa autoestima e não lida bem quando decepciona os outros.
Apesar de ser um tratamento longo e com chances de recaídas, a pessoa precisa se sentir acolhida. Quando ela entende que o apoio que recebe é maior do que a decepção que causa, há mais chances de uma mudança acontecer.
Como identificar um mentiroso compulsivo?
Diferentemente da mentira social, aquela que usamos para responder “Tudo bem?” ou “Gostou da minha roupa nova?”, o mitomaníaco não está preocupado em evitar uma situação desconfortável e sim em melhorar a própria realidade.
É o caso, por exemplo, de inventar um namorado e fazer montagens de fotos de lugares em que nunca esteve ou dizer que trabalha em determinado local sem nunca ter passado pela catraca antes.
Quando confrontado, o mentiroso patológico pode apresentar um discurso defensivo ou se irritar. Outro sinal clássico neste momento é pedir que você repita o que ele disse, assim, a pessoa tem tempo de pensar em uma nova mentira para “aprimorar” a primeira versão.
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Outro sinal de alerta é quando o mitômano não demonstra medo, por mais mirabolante que seja a mentira e as possíveis consequências caso ela seja pega. Um detetive particular pode identificar facilmente um mentiroso.
Se você estiver lidando com alguém que tem mitomania e precisa decifrar o que é verdade ou não a cada nova fala, não deixe de entrar em contato. A Líder Detetives oferece serviços de investigação particular que podem ajudar nesse situação.